Eu quero botar meu
blog na nuvem
Escrever
para mim é uma benção e uma maldição.
Sou
erratica por natureza, e minha inspiração não obedece a disciplina alguma que
lhe foi imposta.
Tentei, por
varias vezes, estabelecer uma rotina de escrever, que invariavelmente resultou
em angustiantes horas diante de uma tela em branco, alternada com visitas ao
Face Book.
Sou acometida
de "surtos literarios" que, sem qualquer aviso se abatem sobre mim.
Acontecem na esteira da academia, numa caminhada na beira da praia. ou
durante alguma conversar desinteressante, o que me faz passar por
biruta, distraída, excêntrica, ou coisa que o valha. Cá com meus botões, acho que são detonados por
alguns sentimentos como melancolia ou euforia extrema.
De repente,
é como se um dique se tivesse rompido, e uma enxurrada impiedosa de palavras
jorra e se derrama por todo o meu cerébro, e que por lá permanecem me
assombrando, dia e noite, até que eu as
aprisione numa tela branca de computador, onde então se aquietam.
Passei um
bom tempo submersa num mar de mesmices, presa num barco chamado rotina, onde,
para qualquer direção que se olhasse, só havia marasmo e mediocridade.
Cá estou de
volta, escrevendo como sempre com o coração acelerado, correndo atrás das
minhas ideias soltas, antes que fujam de minha cabeça e voltem para o desterro
do esquecimento, de onde ficarão me assombrando por não tê-las posto a salvo.
Cá estou
eu, querendo botar meu blog na nuvem da internet, que flutua e que está em
todas as partes, como uma divindade onisapiente, onde paira todo o conhecimento
da raça humana. E por lá, junto com todas as outras ideias lá depositadas,
junto com a genialidade, mediocridade,
riqueza, miséria, bondade, maldade, engenhosidade, criatividade e tudo o
mais que a humanidade criou, minhas
ideias ficarão vagando pelo universo.
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